Estratégia de Valor ou de Crescimento? Evidências Empíricas no Brasil
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Autor(es): Cordeiro, Rebeca Albuquerque ; Machado, Márcio André Veras
Este artigo teve como objetivo verificar a existência do efeito valor-crescimento e identificar as variáveis que melhor explicam sua incidência nos retornos das ações brasileiras. Para isso, foram testadas as variáveis book-to-market, lucro/preço e fluxo de caixa/preço. Foram utilizadas duas abordagens metodológicas: análise de portfólio, na qual as carteiras foram formadas de acordo com cada variável de interesse; e análise de regressão com dados em painel, baseada em ativos individuais. A amostra foi composta por empresas com ações negociadas na BM&FBovespa, no período de 1995 a 2008. De acordo com os resultados obtidos, as ações de crescimento apresentaram retornos superiores às ações de valor. Com isso, pode-se concluir que o bem documentado efeito valor-crescimento não se caracteriza no Brasil, uma vez que as evidências empíricas mostraram-se favoráveis às estratégias de crescimento. Em função do longo período estudado, os resultados obtidos podem estar sinalizando o predomínio da estratégia de crescimento no longo prazo. Além disso, ressalta-se a alta volatilidade dos mercados de capitais de países emergentes, conforme destacam Fama e French (1998). Ademais, para estabelecer estratégias de investimento que possibilitem maiores retornos, verificou-se que a variável que melhor identifica as ações de crescimento é o índice book-to-market.
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