Estrutura familiar e dinâmica educacional entre gerações
Licencia: Creative Commons (by)
Autor(es): Adriano Firmino V. de Araújo
José Luis da Silva Netto Junior
Liédje Bettizaide Oliveira de Siqueira
O presente estudo busca identificar o impacto da estrutura familiar (biparentais e uniparentais)
sobre a dinâmica educacional intergeracional e a acumulação de capital humano. Foram utilizados
os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2014. A dinâmica
educacional intergeracional foi analisada a partir de matrizes de transição e de processos de
Markov. As diferenças de acumulação de capital humano entre as categorias de estruturas
familiares foram investigadas a partir da decomposição de Blinder-Oaxaca. Os resultados indicam
que ser dependente, do sexo feminino e residir na zona urbana são características associadas
a uma maior mobilidade intergeracional de educação. O Nordeste se destaca como a região
com menor mobilidade intergeracional educacional. A decomposição de Blinder-Oaxaca indica
que, em média, as famílias uniparentais chefiadas por uma mulher possuem 0,5 ano de estudo
a mais do que as uniparentais chefiadas pelo pai. Cerca de 74,2% dessa diferença é explicada
pelo modelo estimado e a parte não explicada não possui significância estatística. Os resultados
sugerem que a estrutura familiar afeta a dinâmica intergeracional de educação e a acumulação
de capital humano dos indivíduos.
Compartir:
Una vez que el usuario haya visto al menos un documento, este fragmento será visible.