GUSTAVO CAPANEMA E O ENSINO SECUNDÁRIO NO BRASIL: A INVENÇÃO DE UM LEGADO
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Autor(es): Montalvão, Sérgio de Sousa
Este artigo coloca um problema para a história política da educação: qual seria o indicativo da
opção em fazer do ensino secundário o ramo mais atrativo do ensino médio, em um tempo de
mudança acelerada para um protótipo de uma sociedade de massas, organizada em torno de um
incipiente mercado de trabalho livre, alavancado pelo crescimento da produção industrial e do
modo de vida urbano? Apesar dos resultados controversos dessa opção, incapaz de romper com o
modelo educacional elitista, um trabalho de construção social da memória fez com que a reforma
organizada pelo ministro Gustavo Capanema em 1942 fosse reconhecida como sinônimo da
educação de qualidade. Neste sentido, entender as relações do Estado modernizador com os
setores mais conservadores da sociedade, fortemente representados pelas instituições
educacionais privadas, reprodutoras dos processos escolares de seletividade social, pode ser um
caminho frutífero de pesquisa.
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