Habitar as bordas e pensar o presente
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Autor(es): Aguiar, Katia ; Berzins, Felix
Em meio à multiplicação das manifestações de rua emergentes no cenário brasileiro, a problematização do
presente ganha outros contornos, em que a inauguração de um novo momento da história recente abre o horizonte de
possíveis. É nesse atual que as resistências se inscrevem e é nele que as lutas sociais diante dos processos de exploração,
opressão e dominação do capitalismo possuem novos territórios de combate. Esse atual reiteradamente adjetivado como
novo não surge do vazio, mas dos agenciamentos feitos com as diferentes linhas que compõem a trama dos estratos de
poder sedimentados na história da humanidade, de suas cidades e de seus dispositivos ordenadores. O presente artigo
busca problematizar esse presente imediato por meio da remontagem na história de algumas linhas-duras que dão
contornos às instituições vigentes, expondo o funcionamento e as estratégias dos variados exercícios de poder disciplinar e
de controle contemporâneos. Por meio de pistas abertas por Foucault sobre novos dispositivos do ordenamento mundial e
da releitura com contornos institucionalistas do conceito de borda desenvolvidos por Mezzadra e Neilson, procuramos por
analisadores históricos e quentes para pintar essa cartografia.
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