História crítica da hipnose na psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Brasil, entre 1930-1970
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Autor(es): Alarcão, Gustavo Gil ORCID ; Mota, André
O artigo apresentado tem como objetivo o estudo histórico do uso da hipnose, compreendida como
prática clínica, na Clínica Psiquiátrica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre
os anos de 1930-1970. A transição da psiquiatria paulista nesse período, quando se deu a mudança
das atividades do Hospital do Juqueri para a Faculdade de Medicina-USP, apoiou-se decisivamente no
poder simbólico do discurso psiquiátrico, que tomou o axioma “ser científico” como filtro valorativo
para apreciar ou depreciar determinadas práticas. Exemplarmente, a hipnose permaneceu imune ao
crivo “científico” desses mesmos psiquiatras, que a adotavam como prática clínica sem submetê-la ao
mesmo escrutínio aplicado a outras práticas, especialmente a psicoterapia psicanalítica. Por meio de
documentos produzidos na época analisada, busca-se identificar o teor desses discursos psiquiátricos,
imbuídos de sua dimensão considerada científica, redundando como estratégia de manutenção ou não
de certas práticas, como foi o da hipnose.
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