Imaginação e ensino de história
Editorial: UFRGS
Licencia: Creative Commons (by-nc-sa)
Autor(es): Toldo, Alice Schmitz
Pinto, Jean Nunes
Oliveira, Leonardo Amorim de
Pereira, Nilton Mullet
Estamos vivendo uma crise de imaginação? Da Economia Política à Psicanálise, passando pela Teoria da História, são diversas as áreas do conhecimento que apontam para um esgotamento atual da tarefa de imaginar. Fala-se em aceleração do tempo, presentismo, imediatismo consumista, produtivismo, fim da história e resignação política, tudo convergindo para o excesso do agora e a inviabilidade do amanhã — se pensado diferentemente do hoje. Não que tenhamos perdido a capacidade (inata) de imaginar. E até conseguimos captar tendências instantâneas e projetar algum futuro próximo, sempre colado aos imperativos capitalistas contemporâneos. Mas, percebendo sua natureza destrutiva, chegamos muitas vezes a imagens catastróficas. Filmes, séries, narrativas
gráficas e literárias alcançam grande público, com frequência, apelando
a um temário limitado e controlado do desastre, como calamidades ambientais de grandes proporções, invasões alienígenas, ataques zumbis e — algo certamente impulsionado pela recente pandemia de Covid-19 — sua variação realista de contaminação em massa e eliminação populacional por novas doenças. Parece que é mais fácil imaginar o fim do mundo do que imaginar um mundo diferente.
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