Infecções relacionadas à assistência à saúde em pacientes HIV-positivos e HIV/aids-negativos: uma casuística da Região Amazônica
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Autor(es): Reis, Danielle Saraiva Tuma dos; Carneiro, Irna Carla do Rosário Souza; Neves, Dilma Costa de Oliveira; Marsola, Lourival Rodrigues; Sousa, Rita Catarina Medeiros
OBJETIVO: Investigar e comparar a incidência de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), envolvendo pacientes HIV e não HIV/aids. MÉTODO: Estudo analítico, observacional e prospectivo ocorrido na Enfermaria de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário João de Barros Barreto em Belém, Estado do Pará, Brasil. Pacientes: Internos, portadores de HIV e não HIV/aids, de fevereiro a dezembro de 2007, com monitoramento diário da admissão até a alta hospitalar. RESULTADOS: Durante o período de estudo, foram relatados 20.276 pacientes/dia. De 1.130 pacientes com alta, 40 contraíram IRAS, e as IRAS ocorreram mais frequentemente nos HIV-positivos (57,5%), com 29 (60,4%) episódios de IRAS (p ≤ 0,05). Um total de 11 (55%) HIV-positivos apresentou contagem de células TCD4 < 100 células/mm3, e 15 (65,22%) HIV-positivos morreram de complicações associadas com as IRAS (p = 0,009). A infecção mais frequente foi a do trato urinário, associada ao uso de cateter urinário, 1.000 cateteres-dia em pacientes não HIV, com 12,11 episódios (p = 0,13). Entretanto, os HIV-positivos apresentaram pneumonia mais frequentemente, com 1,6 episódios em 1.000 pacientes-dia (p = 0,04). CONCLUSÃO: As IRAS apresentam maior probabilidade de ocorrência em HIV-positivos, provavelmente devido as suas condições de imunidade, e esse risco, que está associado com procedimentos invasivos, justifica a necessidade de medidas preventivas.
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