InPaC-S: integração participativa de conhecimentos sobre indicadores de qualidade do solo: guia metodológico
Editorial: Embrapa
Licencia: Creative Commons (by-nc-nd)
Autor(es): MEDEIROS, C. A. B.
BARRIOS, E.
COUTINHO, H. L. da C.
O ambiente global está mudando a uma velocidade alarmante como resultado das atividades humanas. A agricultura representa a forma dominante de interação sócio-ambiental e consome mais recursos naturais do que qualquer outra atividade humana. A complexidade das tomadas de decisão associadas com as demandas de sustentabilidade na agricultura requer novas abordagens que reconheçam as íntimas e dinâmicas interações entre as sociedades humanas e o ambiente, e assim poder atender às múltiplas dimensões e escalas de problemas globais como a degradação das terras e a perda da biodiversidade, particularmente no contexto das mudanças climáticas. Nos últimos anos, o conhecimento local tem recebido maior atenção pela sua importante contribuição ao desenho de estratégias para o manejo sustentável dos recursos naturais. A importância do solo como componente chave para a sustentabilidade das paisagens agrícolas tem gerado grande demanda por indicadores que permitam o monitoramento de mudanças em sua qualidade, assim como de seus impactos na provisão de serviços do ecossistema como resultado de mudanças de uso da terra e da intensificação da agricultura. O desenvolvimento de uma base de conhecimento "híbrida", através da integração participativa do conhecimento local e técnico sobre indicadores de qualidade do solo, representa um esforço para entender melhor a complexidade da tomada de decisões no manejo de recursos naturais visando manter ou melhorar a provisão de serviços ecossistêmicos. A grande área geográfica ocupada pelo Brasil, e a diversidade das diferentes regiões do país, geraram um desafio complexo, porém motivador, para a identificação de indicadores de qualidade do solo que integrem conhecimento local e técnico de abrangência nacional. A nossa estratégia para atender essa complexidade envolveu a construção de espaços de intercâmbio de conhecimentos em diferentes regiões do Brasil. Essas atividades contaram com a forte interação entre pesquisadores da Embrapa e representantes de comunidades de agricultores, agentes de assistência técnica e extensão rural (órgãos públicos e ONGs), e professores universitários. Esperamos que este guia metodológico seja útil para a integração do conhecimento local em sistemas de monitoramento da qualidade do solo e processos de tomada de decisão, visando o manejo sustentável dos recursos naturais nos sistemas e paisagens agrícolas.
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