Juventudes e Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida: Tramas e Versões de Existir
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Autor(es): Dameda, Cristiane ; Bonamigo, Irme Salete
: O percurso experimentado por jovens que praticam atos infracionais está longe de ser
aquele explorado pelos discursos menoristas e culpabilizantes, isto é, de uma vida perversa e
perigosa. Com efeito, muitos fatores entram em jogo, a exemplo da vida familiar, dos vínculos
afetivos que, na situação de marginalidade, medeiam sua relação com as drogas e com o crime,
mas também permitem novas conexões e um contínuo florescer. A partir dos pressupostos
teóricos e metodológicos da Teoria Ator-Rede e da Cartografia, ampliando a visão estatísticojurídica das infrações juvenis e obsoletando as lógicas individualizantes e causais, este artigo
pretende discutir juventude e ato infracional, sua relação com as Medidas Socioeducativas (MSE)
de Liberdade Assistida (LA) e dar visibilidade aos atores que compõem as redes historiais
desses sujeitos, bem como dar mais atenção aos meandros que compõem essas conexões e
seus coengendramentos. A história de vida singular de Yasmim exemplificará, de certo modo,
os obstáculos e agruras que estão emaranhadas na rede estabelecida pelos adolescentes em
cumprimento de LA, bem como as tentativas, os esforços e as resistências que se engendram
numa constante (re)construção de vida. Este estudo possibilitou uma melhor compreensão dos
processos que se tecem para a configuração do ato considerado ilícito.
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