Luta Armada na Psicologia: Prática de Classe contra o Terrorismo de Estado
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Autor(es): Souza, Juberto Antonio Massud de ; Jacó-Vilela, Ana Maria
Este artigo tem como objetivo retomar parte da historiografia sobre os psicólogos
e estudantes de Psicologia que integraram agrupamentos armados contra o golpe de classe
de 1964. Para tal, consideramos que o processo de desenvolvimento da Psicologia, enquanto
ciência e profissão, mostra-se interligado nas múltiplas contradições da formação da classe
trabalhadora brasileira. Partindo dos pressupostos teórico-metodológicos do materialismo
histórico-dialético, recompomos, no plano ideal, parte do movimento real produzido pela
ação daqueles sujeitos. Resgatamos as trajetórias das pessoas que participaram da luta armada
contra o terrorismo de estado a partir de casos ilustrativos que nos mostram suas presenças em
organizações políticas das quais fizeram parte. Para tal, reconstruímos este movimento a partir
das publicações existentes. Concluímos que existe um elo entre a vanguarda da luta armada, com
a presença de algumas frações da Psicologia, composta majoritariamente por sua juventude,
e a construção contraditória dentro da própria profissão no Brasil. Ambos são momentos da
totalidade da história da Psicologia, que mostra a maneira pela qual alguns importantes setores
posicionaram-se na luta contra a ditadura civil-militar
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