MARITIME SPACES AND THEIR GEOGRAPHY
Licencia: Creative Commons (by-nc)
Autor(es): RIO, GISELA AQUINO PIRES DO
Quais seriam os aspectos que integrariam uma estratégia de pesquisa sobre espaços
marítimos? Esta pergunta me acompanha de modo intermitente há um certo tempo por
dois motivos. O primeiro decorreu do contato com autores clássicos e do reconhecimento
da importância que a temática “mares e oceanos” ocupava nessas obras, sobretudo no
início da década de 1950. O segundo motivo deveu-se à constatação de que esta importância é recorrente em determinados períodos da história científica em sua relação com: a
expansão e queda de Estados hegemônicos; a exploração de recursos marinhos; o controle
de rotas de navegação, apesar de reinteradas manifestações do direito de livre circulação
que há muito governa as relações internacionais (SCHIMITT, [1950] 2001); e com a
compreensão do papel dos indivíduos e grupos sociais na transformação da superfície
da terra (THOMAS, 1950). Voltou aos meus pensamentos quando, no início de 2018,
defrontei-me com a chamada para o dossiê da Revista Ambiente e Sociedade, lembrando-
-me que, em sua evolução, o conhecimento, as ideias e preocupações sobre os diferentes
assuntos avançam em espiral a partir do exame sistemático e contínuo dos diferentes
temas e objetos, e do avanço da tecnologia. O estado de emergência e de vulnerabilidade
que caracterizavam algumas regiões da Terra naquele momento, os métodos de adaptação
aos limites conhecidos e aos que eventualmente surgiriam (THOMAS, 1950) não são
exatamente os mesmos, mas confrontam-se, na atualidade, com os limites do ecúmeno,
disputas por limites e fronteiras marítimas, avanços da polderização, abertura de novas
fronteiras, mudanças no nível do mar, etc.
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