Medicalização social (II): limites biomédicos e propostas para a clínica na atenção básica
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Autor(es): Tesser, Charles Dalcanale
A medicalização social destrói ou diminui a autonomia em saúde-doença das populações e gera demanda
infindável aos serviços de saúde, consistindo em relevante desafio para o SUS. Este artigo discute limites dos
saberes/práticas biomédicos quanto à sua contribuição para a promoção da autonomia dos usuários e propõe
algumas diretrizes para o manejo desses limites. Conclui que as tecnologias de intervenção, os saberes
biomédicos e suas operações cognitivas pouco contribuem para a autonomia dos doentes. Frente a tais limites,
sugere uma ressignificação dos saberes biomédicos, centrada na função “curandeira” das equipes de saúde, vista
como missão de reconstruir a autonomia, prevenir e curar os adoecimentos vividos, além dos diagnosticados.
Defende uma reorganização de valores e metas da clínica biomédica na atenção básica, como a relativização dos
diagnósticos, a desontologização das doenças e dos riscos, o fim da obsessão por controle, o combate ao
autoritarismo biomédico e a priorização da terapêutica.
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