Merda de artista para além da iconoclastia
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Autor(es): Icaro Ferraz Vidal Junior
O presente artigo propõe um aprofundamento da crítica de
Merda de artista (1961), de Piero Manzoni. Com o intuito de nos
afastarmos da hipertrofia do aspecto iconoclasta atribuído à obra por
parcelas substanciais da crítica, contextualizamos a edição a partir de
sua relação com outras obras do artista e com a poética de importantes
intercessores, notadamente, Yves Klein e Marcel Duchamp. Questões
relacionadas às articulações entre experiência estética e economia
política e à clivagem entre a obra de Manzoni e o informalismo
foram mobilizadas na construção de um solo a partir do qual as teses
de Germano Celant sobre o artista pudessem ser tensionadas e os
fundamentos culturais que perpassam a recepção de Merda de artista
pudessem ser vislumbrados.
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