Mídia, ideologia e cocaína (Crack): produzindo "refugo humano"
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Autor(es): Romanini, Moises ; Roso, Adriane
Este artigo origina-se de uma pesquisa cujo objetivo geral foi o de analisar como os usuários de cocaína (crack), inseridos em um Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas (CAPS ad), percebem as formas simbólicas veiculadas na campanha televisiva "Crack, nem pensar". Para colher informações, utilizou-se: (a) observação participante nas reuniões de equipe dos cuidadores e em outras atividades do serviço, registradas em diário de campo e (b) grupos focais, aqui denominados "Rodas de Conversa". Com base na perspectiva teórica da Psicologia Social Crítica, o referencial metodológico adotado foi a Hermenêutica de Profundidade. Apesar dos discursos hegemônicos e da veiculação maciça de formas simbólicas que sustentam mitos em relação às drogas, bem como das inúmeras estratégias ideológicas identificadas nesta pesquisa, nós pudemos observar que os participantes no estudo foram capazes de assumir um ponto de vista crítico sobre as campanhas.
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