Mobilidade socio-ocupacional no Brasil: novo procedimento para delimitação dos estratos ocupacionais e análise dos dados da PNAD de 2014
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Autor(es): Camilla Oliveira
Rodolfo Hoffmann
O objetivo deste trabalho é analisar, a partir dos dados da PNAD de 2014, a
mobilidade socio-ocupacional inter e intrageracional na sociedade brasileira e a
influência da migração e da cor dos indivíduos no processo de mobilidade social.
É proposta uma nova metodologia de estratificação para a construção de estratos
socio-ocupacionais, utilizando características como educação, renda e ocupação dos
indivíduos. Ainda que marcada por deslocamentos de curta distância entre os estratos
socio-ocupacionais, a mobilidade social observada nos dados coletados em 2014 é
marcada por chances de mobilidade ascendente, o que denota certa dinamicidade
na sociedade brasileira. A análise revela um esvaziamento dos estratos baixos em
favor dos estratos médios quando se compara a distribuição socio-ocupacional dos
ocupados em 2014 com a geração dos pais. Há uma predominância na mobilidade
circular, indicando que os movimentos realizados na estrutura socio-ocupacional
se deram mais pela substituição e trocas em postos de trabalho já existentes do
que pela transformação da estrutura ocupacional. Foram encontradas evidências
de que indivíduos migrantes apresentam mobilidade superior aos não migrantes.
Todavia, indivíduos pretos e pardos encontram condições desiguais de mobilidade
socio-ocupacional quando comparados aos brancos, e essa desigualdade é atenuada
quando se consideram os indivíduos migrantes.
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