Modificação do paladar em participantes com câncer de mama submetidas a tratamento antineoplásico sistêmico
Licencia: Creative Commons (by-nc-nd)
Autor(es): Oenning, Luiza
O câncer é considerado um grave problema de saúde pública, sendo o de mama o que mais acomete as mulheres. Dentre os tratamentos, os mais usados são a quimioterapia e a terapia alvo, que atuam sistemicamente, causando efeitos colaterais com reflexo na cavidade bucal, dentre eles, alterações no paladar. Objetivo: Determinar a presença de modificação do paladar em participantes com câncer de mama submetidas a tratamento antineoplásico sistêmico. Materiais e métodos: Estudo transversal com amostra de 19 participantes com câncer de mama e em tratamento antineoplásico sistêmico na Unidade de Oncologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição, no município de Tubarão/SC. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários sócio demográfico e de auto percepção do paladar. O paladar foi avaliado por meio de 4 substâncias, representando os sabores salgado, doce, amargo e azedo, em 3 diferentes concentrações: fraca, média e forte. Resultados: 9 (47,4%) participantes realizavam quimioterapia adjuvante, 12 (63,4%) encontravam-se nos 5 primeiros ciclos, sendo o protocolo doxorrubicina com ciclofosfamida o mais utilizado. Os sabores mais facilmente identificados foram o doce, 12 (70%) e azedo, 17 (89,5%), enquanto que o amargo foi o menos identificado, 17 (89,5%). A hipogeusia para o sabor amargo foi estatisticamente significativa para todos os protocolos. (p=0,018). O sabor salgado na concentração de cloreto de sódio 5% foi identificado como sabor azedo por 4 (40%) das participantes, sendo estatisticamente significativo (p=0,036). O protocolo com o maior número de distorção foi o Herceptin, 4 (40%). Conclusão: Participantes sob tratamento antineoplásico sistêmico tem hipogeusia para o sabor amargo.
Compartir:
Una vez que el usuario haya visto al menos un documento, este fragmento será visible.