Mulas e Mulheres no Brasil: uma questão de gênero, justiça e interseccionalidade
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Autor(es): Joana das Flores Duarte
Mulas e mulheres na história do Brasil: uma questão de gênero, justiça e interseccionalidade têm por objetivo mostrar como
a associação da mulher que atua como mula no mercado de drogas não é uma questão do acaso. Resultado de uma pesquisa
bibliográfica com teses e dissertações produzidas na última década (2006-2016) sobre mulheres presas pelo crime de tráfico de
drogas nas cinco regiões do país, obteve-se, enquanto um dos resultados, o aprisionamento de grande parte dessas mulheres como
trabalhadoras do mercado informal e ilícito de drogas na condição laboral de mulas. Destaca-se a relação intrínseca entre modo
de produção capitalista e sistema de justiça, em que esse último não só assegura o direito privado à propriedade, bem como cria
mecanismos seletivos e criminalizatórios dirigidos aos segmentos mais pobres e destituídos de direitos na sociedade, esse também
composto por mulheres. Tudo isso tem sido determinante para a manutenção do caráter seletivo do sistema de justiça e penal no
Brasil, cujos fundamentos filosóficos manifestam-se numa ação permanente, determinando o aprisionamento de pessoas a partir
de sua condição de classe, raça, gênero e perpetrada violação do direito à cidadania
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