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Neuralgia do trigêmeo bilateral: relato de caso

Editorial: Revista Brasileira de Anestesiologia
Licencia: Creative Commons (by-nc-nd)
Autor(es): Oliveira, Caio Marcio Barros de
Baaklini, Luis Gustavo
Issy, Adriana Machado
Sakata, Rioko Kimiko

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A neuralgia do nervo trigêmeo é uma condição intensamente dolorosa, caracterizada por surtos de dor lancinante e súbita, tipo choque, com duração de poucos segundos a dois minutos e geralmente unilateral. Sua incidência anual é de cerca de 4,3 em 100.000 na população geral, tendo manifestação bilateral em apenas 3% desses casos. O objetivo deste artigo foi descrever um caso raro de neuralgia do trigêmeo primário bilateral. RELATO DO CASO: Paciente de 61 anos, maranhense, casada, do lar, com antecedente de hipertensão arterial e há seis anos com queixa de dor intensa em V2-V3 à esquerda, com duração de 5 a 10 segundos, em região lateral do nariz e mandibular, com piora ao falar, mastigar e com diminuição da temperatura. Já havia utilizado clorpromazina (3 mg a cada oito horas) e carbamazepina (200 mg a cada oito horas) durante seis meses sem alívio da dor. Ao exame físico apresentava alodinia térmica e mecânica em regiões de V2-V3. Estava em uso de gabapentina (1.200 mg ao dia) com alívio parcial da dor. Foi então aumentada a gabapentina para 1500 mg ao dia e introduzida amitriptilina 12,5 mg à noite. Evoluiu com dor leve e esporádica com diminuição da intensidade da dor ao longo de 10 meses de tratamento, sendo reduzida progressivamente a gabapentina para 600 mg ao dia e mantida a amitriptilina 12,5 mg ao dia. Após um ano, começou a apresentar dor de característica semelhante em região mandibular à direita, tendo melhorado com aumento de gabapentina para 900 mg ao dia. Não apresentava exames alterados de tomografia ou ressonância magnética de encéfalo. CONCLUSÕES: A carbamazepina é o fármaco de primeira escolha para tratamento de neuralgia trigeminal, porém a gabapentina tem sido cada vez mais utilizada como primeira medida farmacológica ou em casos refratários à terapia convencional.

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