Novas evidências sobre o valor diagnóstico da reação de imunofluorescência indireta e reação intradérmica de hipersensibilidade tardia na infecção humana por Leishmania (L.) infantum chagasi na Amazônia, Brasil
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Autor(es): Barbosa, Raimundo Nonato Pires; Corrêa, Zuila de Jesus Coelho; Jesus, Roseli Conceição dos Santos de; Everdosa, Domingas Ribeiro; Brandão, João Alves; Coelho, Raimundo Negrão; Monteiro, Antonio Júlio de Oliveira; Machado, Raimundo Sérgio; Luz, João Batista Palheta da; Martins, Antonio Francisco Pires; Brandão, Roberto Carlos Feitosa; Lima, José Aprígio Nunes; Barata, Iorlando da Rocha; Pinheiro, Maria Sueli Barros; Leão, Edna de Freitas; Silva, Fábio Márcio Medeiros da; Silva, Maria das Graças Soares da; Campos, Marliane Batista; Souza, Adelson Alcimar Almeida de; Lainson, Ralph; Silveira, Fernando Tobias
Estudo prospectivo realizado no período de maio/2006-setembro/2008, numa coorte de 1.099 indivíduos, ambos os sexos, com idades de 1 a 84 anos (média 24,4 anos), residente em área endêmica de leishmaniose visceral americana (LVA) no Município de Cametá, Pará, Brasil, objetivando analisar a prevalência e a incidência da infecção humana por Leishmania (L.) infantum chagasi, assim como a dinâmica da evolução dos seus perfis clínico-imunológicos previamente definidos: 1. Infecção assintomática (IA); 2. Infecção sintomática (IS=LVA); 3. Infecção subclínica oligossintomática (ISO); 4. Infecção subclínica resistente (ISR); e 5. Infecção inicial indeterminada (III). O diagnóstico da infecção baseou-se no uso simultâneo da reação de imunofluorescência indireta (RIFI) e reação intradérmica de hipersensibilidade tardia. Um total de 304 casos da infecção foi diagnosticado no período do estudo (187 na prevalência e 117 na incidência), gerando prevalência acumulada de 27,6%, cuja distribuição no âmbito dos perfis clinico-imunológicos foi da seguinte ordem: IA 51,6%, III 22,4%, ISR 20,1%, ISO 4,3% e, IS (=LVA) 1,6%. Com base na dinâmica da infecção, o principal achado recaiu no perfil III, que teve papel fundamental na evolução da infecção, dirigindo-a ora para o pólo imunológico de resistência, perfis ISR (21 casos - 30,8%) e IA (30 casos - 44,1%), ora para o pólo imunológico de susceptibilidade, perfil IS (um caso - 1,5%); além destes, 16 casos mantiveram o perfil III até o fim do estudo. Concluiu-se que esta abordagem diagnóstica pode ajudar no monitoramento da infecção na área endêmica, visando, principalmente, prevenir a morbidade da LVA, assim como reduzir o tempo e despesas com o tratamento.
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