O CONHECIMENTO E O SENTIDO DE REALIDADE NO PENSAMENTO DE SÁNDOR FERENCZI
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Autor(es): Caropreso, Fátima
Nas últimas décadas, a obra do psicanalista húngaro, Sándor Ferenczi, tem
sido redescoberta e a importância de suas ideias vem sendo reconhecida. No entanto, o
autor é lembrado, sobretudo, por suas inovações técnicas e suas reflexões sobre o
trauma, embora sua obra comporte muitas contribuições diversas. Pode-se encontrar, em
seus escritos, uma sofisticada teoria epistemológica e metapsicológica, ainda pouco
estudada e reconhecida. Trata-se de uma teoria que vai além da de Freud e permite um
aprofundamento da compreensão dos processos psíquicos e da própria possibilidade do
conhecimento. Esse artigo tem como objetivo analisar e discutir as hipóteses de Ferenczi
sobre o desenvolvimento do sentido de realidade, elaboradas em 'O desenvolvimento do
sentido de realidade e seus estágios', de 1913, e 'O problema da afirmação do desprazer',
de 1926. Procura-se demonstrar como ele desenvolve as hipóteses freudianas sobre a
transição do princípio do prazer para o princípio de realidade e argumenta, de maneira
original, que a autodestruição é condição para o conhecimento, enriquecendo as
concepções metapsicológicas e a compreensão dos processos psíquicos fundamentais.
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