O IMAGINÁRIO URBANO, PORTUÁRIO E POPULAR DO LITORAL SUBPANAMENHO

Procura-se configurar um imaginário do habitar portuário do sul do Panamá até
a Patagônia chilena. Da antropologia filosófica e dos estudos culturais-literários
recentes, estuda-se uma maneira de habitar o espaço forjado na experiência
histórica que o homem estabelece com o ambiente natural. Assim, a abordagem
transdisciplinar deriva de uma poética que emerge da análise estético-literária
que reflete essa reciprocidade entre home-mundo. Se percebe assim que o
habitar, ao ser uma prática transhistórica, foi afetado por os processos
modernizadores que negam o espaço em favor do lugar de habitação. A
literatura, portanto, pressupõe uma proposta de resistência pela restituição,
fortalecendo o relacionamento situacional e questionando as estratégias de
dominação do sistema. Habitar e literatura, formam, deste modo, um discurso
único que promove um novo acordo com a Natureza e com a escrita. O resultado
dessa proposta é a visibilidade de um espaço social que entra no imaginário das
letras latino-americanas. Assim, nessa viagem espaço-escritural, forma-se uma
“poética da fronteira” que critica e oferece outras formas de conceber o
processo de criação literário.

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