O que os computadores continuam não conseguindo fazer, 50 anos depois: A aprendizagem sob a perspectiva da fenomenologia do cotidiano de Hubert Dreyfus
Licencia: Creative Commons (by-nc-nd)
Autor(es): De Paoli Leporace, Camila
O artigo traz uma análise teórico-filosófica de aspectos fundamentais da fenomenologia do cotidiano de Hubert Dreyfus, com o objetivo de contribuir
com um olhar filosófico para a aprendizagem para além do processamento
de informações. Dreyfus, que em 1972 publicou seu conhecido livro O que
os Computadores Não Podem Fazer, fez uma análise da inteligência artificial
que torna possível a compreensão da cognição humana para além do cérebro,
das representações mentais e da computação, a partir da centralidade
da experiência no corpo em acoplamento com o mundo. Com base nas ideias
de Dreyfus, argumenta-se que a aquisição de conhecimento não se dá apenas
de maneira representacional, computacional, mas depende da experiência
desse corpo engajado com o mundo e, ainda, das suas emoções. Demonstra-se
que essas ideias têm proximidade com o enativismo, uma nova abordagem
à cognição que apresenta uma alternativa ao cartesianismo e faz parte
de um arcabouço teórico conhecido como os 4Es da Cognição: Embodied,
Embedded, Extended e Enactive, ou Corporificada, Situada, Estendida e Enativa.
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