O silêncio é de ouro e a palavra é de prata? Considerações acerca do espaço da oralidade em educação de jovens e adultos
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Autor(es): Souza, Janine Fontes de ; Mota, Kátia Maria Santos
Somos constituídos eminentemente pela força
criadora da linguagem e é justamente ela que nos caracteriza como “seres humanos”; a criatividade lingüística faz com que nos destaquemos em meio a todos os outros animais. Estes possuem voz (phoné) e
com ela exprimem dor e prazer, mas o homem possui
a palavra (lógos) – o signo lingüístico composto de
significante (imagem sonora) e significado (representação mental) –, componente gerador da linguagem
verbal como instituição social (Saussure, 1975).
Conversamos, lemos, escutamos nossos interlocutores, trocamos idéias, vemos televisão, ouvimos
rádio, acessamos a Internet, constituimo-nos socialmente pela linguagem, a qual é concebida em três dimensões: como representação do mundo e do pensamento, como instrumento de comunicação e como
forma de ação ou interação (Koch, 2003). Pelos atos
de fala, podemos designar e qualificar as coisas, praticamos ações com palavras ditas e não ditas, exercemos o poder da fala intencionados em causar efeitos
de sentidos múltiplos nos outros; enfim, a fala é um
ato performativo (Austin, 1965). Nesse sentido,
Geraldi (1984, p. 43) sintetiza: “a linguagem é uma
forma de interação: mais do que possibilitar a transmissão de informação de um emissor a um receptor, a
linguagem é vista como um lugar de interação humana: através dela o sujeito que fala pratica ações que
não conseguiria praticar a não ser falando”
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