Odores e infecções em ambiente hospitalar: a negação do óbvio no registro das observações da enfermagem
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Autor(es): Wosny, Antônio de Miranda ; Erdmann, Alacoque Lorenzini
Este artigo aborda a percepção dos fenômenos odorantes com o objetivo de proporcionar reflexão acerca do significado destes fenômenos e sua relação com processos infecciosos no espaço hospitalar. Realizou-se uma análise documental dos conteúdos de 5303 Observações Complementares de Enfermagem, referentes à percepção da equipe de Enfermagem frente às situações odorantes, sua interpretação através de registros da taxonomia dos cheiros e procedimentos decisórios aos mesmos, de 160 clientes internados nas Clínicas de Internação Cirúrgica de um Hospital Universitário. Os dados mostram que das 5303 observações, 2557 eram relativas a fenômenos odorantes, e destas, apenas 91 caracterizam o fenômeno odorante qualificado, concentrando-se em secreções corporais. No espaço hospitalar evidencia-se a negação, ocultação ou silêncio olfativo, o que sem dúvida, impede a real evidência dos riscos de infecções. Recomenda-se avançar nos conhecimentos e práticas de higiene corporal, ambiental e dos materiais utilizados nos serviços de saúde para promover a saúde, bem como, desenvolver novas concepções e modalidades de abordagem sobre as percepções olfativas, suas sensações e implicações em prol do viver mais saudável
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