Os acertos de Descartes: implicações para a ciência, biomedicina e saúde coletiva
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Autor(es): Facebook Twitter Mendonça, André Luis de Oliveira ; Camargo Jr, Kenneth Rochel de
A “visão recebida” acerca das ideias de Descartes contribuiu com a sedimentação da imagem de um pensador dualista que teria separado radicalmente mente e corpo, tendo sido responsável, consequentemente, por ter
fornecido os alicerces da “modernidade cindida”. Não faltam epítetos, que
atualmente soam de modo depreciativo, para se referir ao pensamento cartesiano: mecanicismo, determinismo, reducionismo, entre outros. Neste artigo nós desenvolvemos o argumento de acordo com o qual Descartes não
foi um dualista do tipo como normalmente se supõe. Com base em uma
releitura de duas das suas principais obras (Discurso do Método e Meditações Metafísicas) e de uma discussão com a nova literatura sobre o tema,
sustenta-se a tese de que a superação da referida “visão recebida” pode produzir uma nova luz – nas discussões no/do campo da saúde coletiva – que
pode dar relevo ao chamado paradigma ampliado da saúde (a valorização
de outros aspectos que não apenas o biológico ou fisiológico, tais como o
psicológico, social, econômico, cultural, político)
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