Participação Infantil no Cuidado em Saúde Mental: Um Grupo GAM no CAPSi
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Autor(es): Gonçalves, Luana Gaigher ; Caliman, Luciana Vieira ; César, Janaína Mariano
: Este artigo visa apresentar algumas contribuições de uma pesquisa-intervenção
situada no campo saúde mental infanto-juvenil brasileira baseada na estratégia da Gestão
Autônoma da Medicação (GAM). Apesar dos avanços obtidos na Reforma Psiquiátrica, a
gestão da medicação é ainda um ponto nevrálgico em nosso país. As experiências vividas pelos
usuários de psicotrópicos e seus familiares raramente são consideradas um saber legítimo em
relação ao tratamento, e, quando esses usuários são crianças, a problemática se torna ainda
mais complexa. Além dos engessamentos e barreiras impostas pela produção do diagnóstico de
transtorno mental, lidamos com uma delimitação da concepção de infância na modernidade
que, por um lado, produz relações de atenção e proteção consideradas necessárias para o
desenvolvimento das crianças, e, por outro, acabaram gerando impossibilidades e limites à
participação infantil em seus processos de cuidado. Esta pesquisa, portanto, objetivou exercitar
a participação infantil no contexto da saúde mental infanto-juvenil brasileira por meio da
proposição de um grupo GAM no Centro de Atenção Psicossocial de Vitória-ES. O grupo ocorreu
semanalmente, durando cerca de uma hora e meia. Participaram, além dos pesquisadores, 21
familiares de crianças e profissionais do serviço. Para delimitação deste artigo, optou-se por
narrar de forma mais aprofundada a experiência de uma das mães do grupo e seu filho, de modo
a acessar os paradoxos e ambiguidades vividos em torno do uso do medicamento e os efeitos da
abertura à experiência de participação infantil neste processo
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