PERCEPÇÃO DAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS CONFIÁVEIS (APCS) ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA DO 4° E 10° PERÍODOS DE UMA FACULDADE MINEIRA
Licencia: Creative Commons (by-nd)
Autor(es): Fernandes, Gabriel
de Sousa, Marina
Oliveira, Sophia
Gurgel, Bárbara
Andrade, Bárbara
Introdução: Atividades Profissionais Confiáveis (APCs) configuram um novo conceito em educação médica que tem suscitado muito interesse entre os educadores, levando diversas escolas médicas a adaptarem seus currículos a essa nova forma de avaliação. As APCs são atividades práticas profissionais que demandam competências específicas e constituem o fazer diário dos médicos, podendo ser entendidas como as competências ou habilidades que devem ser realizadas na atenção ao paciente. Cada uma dessas atividades tem certo nível de complexidade e exige que o estudante ou profissional domine habilidades pré-estabelecidas necessárias para realizá-las. O Canadian Medical Education Directions for Specialists (CanMEDS) é um modelo estruturado canadense que estabelece 7 tipos de competências-chave, que são consideradas competências necessárias a todos os médicos para atender aos cuidados de saúde dos pacientes, comunidades e sociedades às quais servem. Objetivo: Este estudo avaliou a capacidade de identificar as competências necessárias (APCs) ao bom exercício profissional entre alunos do curso de medicina do 4º e 10º períodos de uma faculdade de medicina, verificando se houve ganho no reconhecimento das habilidades no decorrer da graduação. Métodos: foi apresentada aos alunos participantes uma situação problema em que era possível identificar 3 das 7 competências preconizadas. A resposta foi na forma de texto livre. Posteriormente, os pesquisadores submeteram as respostas a uma avaliação previamente estruturada, com resultado dicotômico: identificou a habilidade, não identificou a habilidade. Em seguida os dados foram tabulados. Resultado: A habilidade com maior reconhecimento foi estudioso, em ambas as turmas, com 84% no quarto período e 100% no décimo período. A habilidade de colaborador foi reconhecida por 89% do décimo período e 73% do quarto período. A habilidade menos reconhecida em ambas as turmas foi comunicador, com 89% de reconhecimento no décimo período e 59% no quarto período. Conclusão: Houve ganho na identificação das habilidades quando comparado alunos do quarto e décimo período, mas não como uma grandeza linear, provavelmente porque tais habilidades já são trabalhadas deste o ciclo básico. Com relação à graduação previa na área da saúde, os alunos do quarto período apresentaram melhor reconhecimento das habilidades em comparação com os alunos do mesmo período. O mesmo não foi observado nos alunos do décimo período. A habilidade com maior índice de reconhecimento foi a de estudioso, isto deve estar relacionado ao fato de ser esta uma habilidade frequentemente associada ao ensino superior da área da saúde.
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