Perfil epidemiológico de pacientes submetidas à histerectomia videolaparoscópica em uma instituição do sul de Santa Catarina
Licencia: Creative Commons (by-nc-nd)
Autor(es): Bianchini, Affonso Maximiliano Ribeiro
Objetivo: traçar o perfil epidemiológico de mulheres submetidas a histerectomia videolaparoscópica (HVLP) em um hospital do Sul de Santa Catarina, Brasil. Métodos: estudo observacional com delineamento transversal, incluindo 43 mulheres as quais foram submetidas a cirurgia de HVLP em um hospital de atendimento particular e plano de saúde privado do Sul de Santa Catarina no período de 10 de julho a 10 de outubro de 2018. Foram incluídas as pacientes com idade acima de 18 anos e que concordaram em assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). As variáveis quantitativas foram descritas com medidas de tendência central e dispersão e as qualitativas em números absolutos e proporções. Foi aplicado o Teste qui-quadrado (X2) para comparação de proporções. O intervalo de confiança foi de 95% e o nível de significância de 5%, sendo p ‹ 0,05. Resultados e Conclusão: as participantes do estudo foram em maioria caucasianas (95,3%), com faixa etária entre 35-45 anos (51,3%), casadas (86%), pós-graduadas (39,5%), que exerciam atividade remunerada (90,6%), com renda per capta mensal de até R$2.000 (37,2%) e internadas via plano de saúde privado (90,7%). Pacientes com Índice de Massa Corpórea (IMC)≥25 constituíram 62,8% da amostra e demonstraram maior ocorrência de sangramento uterino anormal (66,7%), útero miomatoso (67,7%), aborto prévio (75%) e adenomiose (80%), embora não tenha havido significância estatística. 74,4% apresentava vida sexual ativa com média mensal de relações sexuais de 9,75 (DP±6,96). 39,5% relataram irregularidade menstrual aos 20 anos de idade, 86% nos últimos 5 anos e 7% encontravam- se na menopausa. A média de consultas ginecológicas anuais foi de 3,79 (DP±3,34). Métodos contraceptivos haviam sido utilizados por 95,3% das pacientes, sendo o anticoncepcional oral o de maior escolha (83,7%). As comorbidades mais frequentemente descritas foram hematológicas (34,9%), psiquiátricas (32,6%) e endócrinas (27,8%), em algumas de aparecimento concomitante. 7% da amostra relatou tabagismo ativo e 23,3% referiram ser ex-fumantes. Dentre as queixas ginecológicas e indicações de HVLP destacaram-se o sangramento uterino anormal (86,7%) e o útero miomatoso (72,1%). 100% das HVLP foram acompanhadas de salpingectomia, 7% de ooferectomia uni ou bilateral e 2,3% de ablação anexial. O tempo cirúrgico médio foi de 112,72 minutos (DP±21,11).
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