Poéticas da migrância e ditadura: exílio e diáspora nas obras de Julián Fuks e Francisco Maciel
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Autor(es): Fernandes, Pádua
O artigo trata da questão dos exílios e das migrações, em relação à ditadura militar, em dois autores da literatura
brasileira contemporânea: Julián Fuks e Francisco Maciel. O romance A resistência (Fuks, 2015) é analisado segundo os
conceitos de pós-memória (Hirsch, 2008) e privatização do trauma (Seligmann-Silva, 2014). Este romance, em sua
tentativa de construir a memória da família relacionada ao exílio de pais argentinos e à adoção de um filho, retrata, nas
dificuldades formais de escrever o livro, os problemas políticos do processo de justiça de transição no Brasil, em
comparação com a Argentina. Na obra de Francisco Maciel, a discriminação racial contra a população negra é um tema
central. A repressão política considerava que o movimento negro representava ameaça contra a segurança nacional. O
artigo analisa a questão das migrações dos negros na obra de Maciel em termos de diáspora (Hall, 2003), e explica
como ela não se torna apenas tema, mas também forma literária, no romance Não adianta morrer (Maciel, 2018).
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