Por mais tempo afogado: considerações sobre Le Noyé, de Bayard
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Autor(es): Fábio Luiz Oliveira Gatti
Ao perceber, no autorretrato como um homem afogado, de
Bayard, certa semelhança entre a pose corporal de sua fotografia e de
outras produções visuais engendradas ao longo da história ocidental,
estruturou-se um painel com 27 imagens baseado no conceito
warburguiano de Pathosformeln para discutir as transformações diante
da confrontação com a morte na sociedade ocidental, estudadas por
Huizinga, Ariès e Morin. Por outro lado, a análise de Poivert sobre as
relações dessa fotografia com o teatro, a biografia de Chatterton e a
pintura da morte do poeta possibilitou pensar as noções de jogo, de
ritual e de performatividade, presentes em Schechner; o caráter forjado
da poesia chattertoniana, discutido por Groom; e a forte simulação
desse afogado a partir de Baudrillard.
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