Porque esperamos: [notas sobre a docência, a obsolescência e o vírus]
Editorial: UFRGS
Licencia: Creative Commons (by)
Autor(es): Munhoz, Angélica Vier
Costa, Cristiano Bedin da
Lulkin, Sérgio Andrés
De saída e antes de tudo: o medo. O vírus ultrapassa fronteiras e isola países; a ameaça
paralisa instituições, esvazia cidades e coloca sob suspensão relações de proximidade, de
carne, de cheiro. A história, a esta altura, é conhecida. Somos aqueles que dizem e
escrevem de casa. Somos aqueles que esperam, porque assim devemos fazer. E porque assim podemos estar. Esperar, dizer, escrever, pelo quê? Para quê? Outra vez, o medo. Porque há algo que parece não querer ou mesmo não poder ser dito, algo que já está lá, aqui, e para o qual não há dizer, não há negar ou, antes, pensar. O vírus é uma imagem: estranha,
incerta, errática, selvagem. Uma reconfiguração dos modos. Um breve instante... E fomos
ultrapassados. Há algo mais que nos olha. Há algo mais presente. Há a vida e lá vem a morte. Questão de tempo, questão de espaço. Protocolos, curvas, testes. O desafio é
cartográfico.
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