Preditores a curto e a longo prazo da estenose vaginal em mulheres tratadas com teleterapia para câncer ginecológico
Licencia: Creative Commons (by-nc-nd)
Autor(es): Rosa, Sthefani da Cruz
Objetivo: Analisar os fatores associados ao desenvolvimento da estenose vaginal a curto e longo prazo após tratamento do câncer ginecológico com radioterapia. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo com 353 mulheres tratadas com radioterapia para câncer ginecológico, entre 2016 e 2019. A estenose vaginal foi avaliada pelo Critério de Terminologia Comum para Eventos Adversos (CTCAE v4.03). Utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®), versão 20.0. Utilizou-se média (DP) e frequências para as variáveis descritivas. Para identificar os fatores associados com o desenvolvimento da estenose, utilizou-se modelo hierárquico da regressão logística Resultados: O tipo de câncer mais prevalente foi o de colo de útero 77,3% (n=273. O estadiamento mais comum foi IIB com 32,6% (n=115). De acordo com a CTCAE, a curto prazo a estenose vaginal foi identificada em 29,5% (n=104), e a longo prazo em 19,3% (n=68). Estadiamentos avançados (IIIA – IIB), não adesão ao dilatador e não manter atividade sexual foram associados com 1,83 (OR=1,832; IC95% 1,099-3,055; p=0,020), 2,83 (OR=2,829; IC95% 1,672-4,784, p<0,001) e 2,51 (OR=2,521; IC95%1,461-4,351, p=0,001) mais probabilidade de desenvolverem estenose vaginal, respectivamente. A longo prazo, a administração de teleterapia e não adesão ao dilatador foram associados a 14,97 (OR= 14,968, IC95%1,242-180,308, p=0,033) e 5,01 (OR=5,088; IC95% 1,644-15,743, p=0,005) mais chance de desenvolver estenose vaginal. Conclusão: A curto prazo o estadiamento mais grave, não adesão ao dilatador vaginal e não manter relação sexual foram preditores para desenvolvimento da estenose vaginal, e a longo prazo a administração de teleterapia e não adesão ao dilatador vaginal.
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