Prevalência da hepatite B em área rural de município hiperendêmico na Amazônia Mato-grossense: situação epidemiológica
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Autor(es): Souto, Francisco José Dutra; Fontes, Cor Jésus Fernandes; Oliveira, Sérgio Souza; Yonamine, Fábio; Santos, Débora Regina Lopes dos; Gaspar, Ana Maria Coimbra
Em 1995, foi identificada epidemia comunitária de hepatite B entre colonos agrícolas recentemente assentados em Cotriguaçu, noroeste de Mato Grosso. Houve campanha de vacinação nos municípios da região. Nos anos seguintes, manteve-se a estratégia de vacinar a população e os migrantes que continuaram chegando àquele município. Em 2001, foi realizado novo inquérito sorológico de marcadores da hepatites B com o objetivo de avaliar a magnitude do problema e o impacto das medidas tomadas previamente. A comunidade de Nova União foi escolhida por ser a área de maior atração de migrantes a partir do final da década de 90. Foram estudados 838 indivíduos, encontrando-se 40,0% já infectados pelo vírus da hepatite B (VHB), 2,1% de portadores do vírus e 40,8% protegidos por vacinação. A maioria dessa população era composta de migrantes vindos de Rondônia. Entre os portadores do VHB, 28,0% tinham marcadores de hepatite D. As variáveis associadas à infecção pelo VHB foram: atividade sexual; etilismo; contato com caso de hepatite; e ter vivido em garimpo. Esse padrão de moderada prevalência é diferente do observado em 1995, ocasião em que se evidenciou alta prevalência. Observou-se associação do VHB com aumento da idade e com início da atividade sexual. Como a migração para aquela área continua intensa, recomenda-se que a atual estratégia de vacinação continue. Especial atenção deve ser dedicada à progressiva entrada do vírus da hepatite Delta (VHD) na região.
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