Prevalência da infecção pelo vírus da hepatite B em um município do interior do estado do Acre, Amazônia Ocidental, Brasil
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Autor(es): Silva, Rita do Socorro Uchôa da; Morais, Isadora Oliveira; Gonçalves, Danielly Moreira; Matos, Irenilce Souza de; Rocha, Francileide Ferreira da; Torres, Glivia Maria do Nascimento; Costa, Maria Lucimar Almeida da; Silva, Sueli Santiago da; Silva, Paula Alessandra Martins da; Souza, Renata
OBJETIVO:
Estimar a prevalência do vírus da hepatite B (HBV) em indivíduos residentes no município de Porto Acre, estado do Acre, Amazônia Ocidental brasileira.
MATERIAIS E MÉTODOS:
Estudo transversal, no qual foram incluídos moradores que compareceram por livre demanda às unidades básicas de saúde de Porto Acre, em 2012, aos quais se aplicou questionário padronizado e se coletou sangue venoso. Como triagem, usou-se teste rápido imunocromatográfico para hepatite B (HBsAg) e, diante do resultado reagente, foram realizados exames sorológicos (HBsAg e anti-HBc total). Os marcadores HBeAg, anti-HBe e anti-HD total foram utilizados exclusivamente nas amostras cujo HBsAg manteve-se reagente na sorologia.
RESULTADOS:
Foram incluídas 646 pessoas (4,7% da população), sendo 57,6% do gênero feminino. Dezessete pessoas (2,6%) obtiveram testes rápidos reagentes para o HBsAg, dos quais em 82,3% (14/17) houve confirmação sorológica. O anti-HBc total foi reagente em 31,9% (206/646) dos indivíduos, dos quais 2,2% (14/646) com HBV atual e 29,7% (192/646) somente com evidência de infecção pregressa. Das 184 (28,5%) crianças e adolescentes incluídos na pesquisa, 9,2% (17/184) apresentaram contato prévio com o HBV. A ingestão abusiva de álcool apresentou correlação com reatividade ao HBsAg e ao anti-HBc total, enquanto faixa etária mais avançada, gênero masculino, cirurgias prévias e presença de tatuagens foram relacionados exclusivamente à maior reatividade ao anti-HBc total.
CONCLUSÃO:
A prevalência da infecção pelo HBV em Porto Acre evidencia a gravidade da situação, visto que um terço da amostra do estudo já entrou em contato com o vírus, valor provavelmente subestimado, dado que 28,5% foi composta por crianças e adolescentes que, normalmente, são grupos menos acometidos.
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