Progressão Continuada e Patologização da Educação: um debate necessário
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Autor(es): Viégas, Lygia de Sousa
O presente artigo analisa criticamente as repercussões da progressão continuada na escola, destacando os argumentos patologizantes que
sustentam explicações individualizantes sobre o fracasso escolar no bojo dessa política. Para tanto, inicia apresentando um breve histórico da
ideia de abolir a reprovação nas escolas públicas brasileiras. Em seguida, desvela aspectos do discurso oficial sobre a progressão continuada,
tomando como caso a experiência paulista. Posto isto, apresenta pesquisa etnográfica realizada em uma escola pública, apresentando o método
e parte dos seus resultados, especialmente as falas de professores e alunos e a dinâmica de sala de aula. Finalmente, tece considerações sobre
o fracasso escolar no âmbito da progressão continuada, articulando tal fenômeno com a patologização da educação. Espera-se, com o artigo,
ampliar a análise dos impactos da progressão continuada na vida diária escolar da rede pública estadual paulista, caminhando na busca do
enfrentamento efetivo dos problemas vivenciados no chão da escola.
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