Proposta de Definição e Classificação de Insuficiência Respiratória
Licencia: Creative Commons (by-nc-nd)
Autor(es): Martins, Alfredo ; Fernandes, Marco ; Maia, José Miguel ; Cortesão, Nuno ; Ferrão, Cláudia ; Neves, João ; Leuschner, Pedro
A insuficiência respiratória (IR) não é reconhecida como
uma síndrome clínica, com sintomas e sinais característicos,
com diferentes estádios de evolução e níveis de gravidade,
e com alterações fisiopatológicas dependentes da etiologia,
mas apenas como algumas alterações laboratoriais que só se
tornam evidentes depois de realizada a gasometria do sangue
arterial (GSA). Isto dificulta o seu diagnóstico clínico, sobretudo em fases precoces, impede o seu estudo e compreensão,
e não permite que o tratamento adequado seja efetuado no
tempo certo, numa elevada percentagem de situações. Além
disso dificulta a investigação clínica em diferentes grupos homogéneos de doentes com IR, para melhor compreensão da
síndrome e do seu tratamento. A prática clínica demonstra-
-nos que temos um conhecimento incompleto sobre IR, sobre
a sua abordagem diagnóstica e sobre a sua gestão e tratamento. A IR tem influência direta na qualidade de vida e no
prognóstico dos doentes e deve ser considerada uma entidade nosológica, com características clínicas e fisiopatológicas
evolutivas próprias, que exigem investigação dedicada visando a sua melhor compreensão e tratamento com o objetivo de
alterar o seu curso e melhorar os resultados clínicos.
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