Psicanálise e neurociências: um mapa dos debates
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Autor(es): Davidovich, Marcia Moraes ; Winograd, Monah
Este artigo pretende apresentar um mapa panorâmico dos debates em torno da relação e da possível articulação entre a
psicanálise e as neurociências. No campo psicanalítico são identificados três grupos principais, definidos a partir de seus pressupostos: (1)
hibridação, (2) isolamento e (3) interlocução. O primeiro grupo entende ser necessária a construção de um campo híbrido, já que as
neurociências poderiam fornecer à psicanálise fundamentos e instrumentos metodológicos e conceituais mais sólidos sobre o
funcionamento psíquico. Esta proposta vem sendo desenvolvida com a fundação da neuropsicanálise. Já o segundo grupo, marcado
fortemente pelo discurso lacaniano, é refratário a qualquer forma de articulação, por considerá-las todas epistemologicamente inviáveis,
resultando necessariamente em uma submissão da psicanálise aos ditames cientificistas atuais. Por fim, o terceiro grupo entende ser a
interlocução, sem a hierarquização dos modelos em jogo, fonte fértil para a formulação de novas hipóteses teóricas e para a revisão do
edifício conceitual da psicanálise
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