Psicologia no Contexto da Ditadura Civil-militar e Ressonâncias na Contemporaneidade
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Autor(es): Silva, Fabíola Figueirêdo da
: Este trabalho tem por objetivo versar sobre as relações da Psicologia com a sociedade
no contexto da ditadura civil-militar, considerando o papel das entidades de Psicologia nesse
período. Há algumas considerações sobre as características deste contexto histórico e os
seus efeitos na subjetividade dos indivíduos que vivenciaram tal momento. O artigo propõe
também uma reflexão acerca dos desafios da Psicologia no cenário brasileiro contemporâneo.
Foi adotado o tipo de pesquisa bibliográfica, e os dados obtidos foram analisados de forma
qualitativa, utilizando-se livros e artigos científicos de língua portuguesa. A ditadura nos remete
a um período violento e triste na história brasileira, que teve a característica da violação dos
direitos humanos, sendo comum as práticas de tortura, prisões ilegais e mortes. Inicialmente,
as associações profissionais dos psicólogos priorizavam questões organizativas e técnicas da
profissão, evitando entrar em conflito com a ideologia do Estado ditatorial; e é justamente
neste período que a profissão foi consolidada, com a atuação destas entidades que tinham por
finalidade defender e representar a categoria dos psicólogos. Contudo, tais associações possuíam
postura ambígua frente à violência de Estado: não se pronunciavam contra o regime, ao mesmo
tempo em que eram coniventes com esse sistema repressivo. Atualmente, em que se reconhece
o compromisso da Psicologia com a realidade em que está inserida, a produção de memória
sobre este período da história é fundamental para se compreender as relações complexas que
existiram durante a ditadura militar, e que repercutem até os dias atuais.
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