Reabilitação de pessoas amputadas de membros inferiores: o processo de protetização pelo Sistema Único de Saúde em municípios da região da Grande Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

A amputação é a retirada de um segmento corporal, podendo ser parcial ou total. A cirurgia pode ser de etiologia infecciosa, tumoral, congênita, iatrogênica, vascular periférica e/ ou traumática. Geram alterações funcionais e nos diversos sistemas do corpo, sendo necessária a reabilitação. Objetivo: Investigar o processo pré e pós protetização pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na reabilitação de pessoas amputadas de membros inferiores em municípios da Grande Florianópolis, Santa Catarina, Brasil; através de questionários estruturados, a partir dos pontos de vista de fisioterapeutas. Materiais e Métodos: pesquisa qualitativa, do tipo exploratória, realizada através de questionário estruturado com questões semi-abertas com campo para justificativa. Participaram fisioterapeutas que prestam serviço a pessoas amputadas, em clínica particular, e servidores da Secretaria Municipal de Saúde dos municípios da Grande Florianópolis e da Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Santa Catarina, que responderam questionários específicos por meio da ferramenta digital gratuita Google Forms®. Resultados: Foram analisados 10 questionários, através de análise por eixos temáticos divididos em categorias: fisioterapia pré e pós protetização, serviços de saúde e profissionais, aquisição das próteses, qualidade das próteses e sinais e sintomas do paciente amputado. Os entrevistados tinham conhecimento da importância da equipe multidisciplinar no atendimento ao paciente amputado, porém relataram insegurança para reabilitar e encaminhar o paciente para outros profissionais. Conclusão: a fisioterapia desempenha um papel importante, proporcionando recuperação funcional e qualidade de vida, mas é fundamental que o profissional esteja qualificado e consciente de todo o processo de reabilitação percorrido pelo usuário do SUS, para orientar de maneira mais assertiva e satisfatória no tratamento destes indivíduos. O conforto e a boa adaptação ao membro residual podem favorecer a adesão à utilização das próteses.

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