Reconhecendo a índole dialógica da paisagem: por uma semiótica marxista / Recognizing the Dialogical Nature of the Landscape: For a Marxist Semiotics
Licencia: Creative Commons (by)
Autor(es): Siane Gois Cavalcanti RODRIGUES
Ítalo César de Moura Soeiro
Ana Rita Sá Carneiro
O artigo objetiva defender a índole dialógica da paisagem. Trabalhando na fronteira
entre a filosofia bakhtiniana da linguagem e os estudos culturais da paisagem,
defendemos que a paisagem não seja estudada sem considerar as formas culturais de
comunicação nos diferentes domínios da organização social – os gêneros discursivos;
que toda paisagem é encontro semiótico com uma alteridade concreta; que o intérprete
que emerge quando uma área entra em relação de representação é necessariamente
caracterizado por um cronotopo; que toda paisagem é representação cronotópica; que a
geografia cultural reconheça que os aspectos semióticos da paisagem são tão materiais
quanto sua morfologia. Partimos da hipótese de que a paisagem é uma representação
cronotópica que sempre se realiza através de algum gênero discursivo, pois sempre é um
processo comunicativo e de encontro com o outro em uma situação de inter-relação
socialmente organizada – é diálogo concreto. Para adentrar à profundeza de seus
sentidos, precisa-se reconhecer e compreender sua índole material, histórica, geográfica
e dialógica
Compartir:
Una vez que el usuario haya visto al menos un documento, este fragmento será visible.