Revisão sobre a Patogenia da Leishmaniose Tegumentar Americana na Amazônia, com ênfase à doença causada por Leishmania (V.) braziliensis e Leishmania (L.) amazonensis
Licencia: Creative Commons (by-nc)
Autor(es): Silveira, Fernando T.; Müller, Silvia R.; Souza, Adelson A. A. de; Lainson, Ralph; Gomes, Claudia M. C.; Laurenti, Marcia D.; Corbett, Carlos E. P.
A patogenia da leishmaniose tegumentar americana (LTA) na Amazônia foi revisada à luz dos mais recentes aspectos associados ao espectro clínico, histopatológico e imunopatológico da doença causada por Leishmania (V.) braziliensis e Leishmania (L.) amazonensis. Esta revisão mostrou a existência de uma dicotomia entre as duas espécies de Leishmania e a resposta imune celular; enquanto a L. (V.) braziliensis mostra forte tendência em dirigir a infecção, a partir da forma central do espectro clínico-imunológico, a leishmaniose cutânea localizada (LCL), para o pólo imunológico hiperreativo, representado pela leishmaniose cutâneo-mucosa (LCM), com exacerbação da hipersensibilidade e perfil da resposta CD4 tipo-Th1, a L. (L.) amazonensis mostra o oposto, dirige a infecção para o pólo imunológico hiporreativo, representado pela leishmaniose cutânea anérgica difusa (LCAD), com forte inibição da hipersensibilidade e perfil da resposta CD4 tipo-Th2. Entre a forma central LCL e as formas polares LCM e LCAD a infecção passa por uma fase intermediária, a leishmaniose cutânea disseminada borderline (LCDB), com inibição parcial da hipersensibilidade e perfil da resposta CD4 Th1+Th2. Estes são, provavelmente, os principais mecanismos imunológicos que modulam a patogenia da LTA causada por L. (V.) braziliensis e L. (L.) amazonensis.
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