Riscos da poliomielite para adolescentes e adultos na era da pré-erradicação global
Licencia: Creative Commons (by-nc)
Autor(es): Bricks, Lucia Ferro; Moraes, Jose Cassio de
INTRODUÇÃO: Em 2012, somente 218 casos de paralisia por poliovírus selvagens foram notificados em todo o mundo, mas o risco de adquirir-se pólio por vírus selvagens ou por vírus derivados de poliovírus vacinais (VDPV) não está eliminado. Atualmente, a maioria das crianças está protegida pela vacinação, mas existem preocupações com adolescentes e adultos que perdem os anticorpos protetores.
OBJETIVO: Analisar criticamente os artigos que abordam os riscos pólio e as estratégias de vacinação para adolescentes e adultos.
MÉTODOS: Os artigos foram identificados através de pesquisa nas bases de dados do PubMed e SciELO no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2012. Também foram consultados os sites da Organização Mundial de Saúde, Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, Centro Europeu de Controle de Doenças, Organização Pan-Americana da Saúde e Ministério da Saúde do Brasil para checar as informações mais recentes sobre epidemiologia e esquemas de vacinação.
RESULTADOS: A pólio é mais grave em adolescentes e adultos do que em crianças. A proporção de pessoas potencialmente desprotegidas aumenta com a idade e grande número de indivíduos com idade maior que 15 anos não têm anticorpos neutralizantes contra poliovírus, principalmente PV3. Crianças vacinadas com a vacina oral contra pólio (VOP) eliminam os vírus vacinais por aproximadamente dois a três meses e os imunocomprometidos podem eliminar os vírus durante anos. As cepas Sabin são geneticamente instáveis e a exposição a VDPV pode representar risco para pessoas não imunes de qualquer idade.
CONCLUSÃO: É necessário rever as recomendações para vacinação de adolescentes e adultos, principalmente profissionais de saúde e viajantes. A vigilância ambiental deve ser estimulada para detectar os riscos de emergência de cepas mutantes e possível importação de poliovírus por imigrantes. A realização de inquéritos soroepidemiológicos pode auxiliar na decisão sobre as melhores estratégias de vacinação para esses grupos.
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