Roupas de segunda mão: consumo, doença e descarte (São Paulo, 1900-1914)
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Autor(es): Leite, Rosangela Ferreira
Os sistemas de trocas, vendas e transmissões de roupas de segunda mão formam práticas que podem ser reconhecidas na longa duração histórica. No início do século XX, esses sistemas foram confrontados com as formas de consumo que acionavam os produtos novos como testemunhos da modernidade. Este artigo parte do clássico episódio dos experimentos chefiados por Emílio Ribas, no ano de 1903, para se chegar ao estudo dos medos e dos usos que as pessoas fizeram das indumentárias de segunda mão. O argumento aqui apresentado é que as populações, perante os diferentes saberes em disputa, num período demarcado pelo encontro entre várias epidemias e de expansão do capitalismo industrial, produziram novas apreensões sobre as roupas utilizadas por outrem, revigorando a conexão entre saúde e novidade. Essa apreensão impulsionou a cultura de consumo baseada no descarte, na cidade de São Paulo, no período entre 1900 e 1914.
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