Saúde e escola: reflexões em torno da medicalização da educação
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Autor(es): Pais, Sofia Castanheira ; Menezes, Isabel ; Nunes, João Arriscado
É sabido que à escola chegam crianças e jovens com diferentes pontos de
partida. O que não se sabe ao certo é até onde chegam essas crianças e
jovens, e que percurso a escola lhes reserva, particularmente numa altura em que os profissionais de educação se veem divididos entre inúmeras
tarefas (algumas meramente administrativas) e parece cada vez mais
comum atribuir-se ao comportamento “pouco adequado” dos alunos explicações de natureza tendencialmente biomédica. Face à emergência
crescente de transtornos e déficits torna-se, assim, inevitável refletir criticamente acerca do que efetivamente acarretam em termos de saúde pública. Este artigo centra-se numa investigação acerca do papel da escola no
sucesso educativo e no desenvolvimento integral dos alunos sinalizados
ou com indicação médica para ingestão de medicação a partir de diagnósticos “nebulosos”. O conceito de medicalização adquire uma dimensão
central e as suas implicações são discutidas baseando-se num conjunto de
notas de campo e entrevistas realizadas com pais e profissionais de educação da Zona Norte de Portugal.
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