Segregação ocupacional por sexo no mercado de trabalho brasileiro: uma análise de decomposição para o período 2004-2015
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Autor(es): Botassio, Diego Camargo ; Vaz, Daniela Verzola
Este artigo analisa a evolução da segregação ocupacional por sexo no mercado de trabalho
brasileiro de 2004 a 2015. Além da mensuração da segregação por meio de indicadores
tradicionais, como o índice de dissimilaridade e o de Gini, utiliza-se a classe de medidas
aditivamente decomponíveis proposta por Hutchens (2004), que permite decompor a segregação
em duas parcelas: uma relacionada à segregação entre grandes grupos ocupacionais; e outra
que corresponde a uma soma ponderada dos níveis de segregação dentro desses grupamentos.
Os resultados mostram que a segregação aumentou entre 2004 e 2015, revertendo a tendência
de queda que vinha sendo relatada na literatura referente a anos anteriores a esse período. A
análise de decomposição indica que tal crescimento foi impulsionado pela segregação entre os
grandes grupos ocupacionais, portanto, entre grupos com ocupações mais heterogêneas entre
si. Conclui-se que, à medida que o nível da participação feminina no mercado de trabalho se
estabiliza, o processo de integração das ocupações segundo o sexo também apresenta seus
primeiros sinais de esgotamento.
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