Segunda Guerra Púnica e as campanhas de Aníbal a intriga e a narrativa histórica nos relatos de Políbio
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Autor(es): Costa, Bruce Marlon
Em 219 a.C. Aníbal Barca de Cartago liderou um ataque contra Saguntum, uma cidade independente aliada de Roma, dando assim início à Segunda Guerra Púnica. Ele marchou com seus exércitos atravessando os Pirineus e avançou pelos Alpes até o centro da Itália, feito lem-brado como uma das mais famosas campanhas militares da história. Durante as campanhas da Segunda Guerra Púnica – chamada por Políbio de “Guerras de Aníbal” – Aníbal Barca utilizou amplamente o território como elemento de construção da vitória em suas batalhas. Boa parte das representações que temos sobre Aníbal e seu exército provém dos escri-tos de Políbio, um profundo admirador do imperialismo romano. O mestre grego Políbio de Megalópolis exalta a civilização encarnada por Roma perante os povos bárbaros. A derrota de Cartago durante as Guerras Púnicas, em sua visão, é o resultado de um longo choque entre a civilização e a barbárie. Ao olharmos para as campanhas de Aníbal devemos ter em mente que as memórias produzidas por Políbio acompanham um projeto político que, mesmo de forma inconsciente, visa enaltecer a perspectiva romana de sociedade. Acontecimentos, personagens e locais são articulados visando criar uma coletividade romana. Embora os relatos de Políbio tenham suas limitações, é possível refletirmos sobre a perspectiva militar cartaginesa por intermédio das ações de Aníbal durante as Guerras Púnicas. Nesse sentido procuramos compreender qual o papel desenvolvido por Aníbal Barca, durante a Segunda Guerra Púnica, segundo a perspectiva de Políbio, e para isso utilizaremos como fon-te o livro escrito por Políbio de Megalópolis intitulado Histórias.
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