The Kaingang perspectives on land and environmental rights in the south of Brazil
Licencia: Creative Commons (by-nc)
Autor(es): Fernandes, Ricardo Cid ; Piovezana, Leonel
O que dizer sobre a relação sociedade-natureza entre os indígenas no sul do Brasil?
Talvez seja melhor começar com o que dizem sobre tal relação. Neste caso, o senso comum
revela a razão etnocêntrica e preconceituosa que cerca a realidade indígena brasileira.
Dois extremos: de um lado, a sensação, sempre presente, de que os índios do sul não são
mais índios; de outro, a convicção de que esses índios são aproveitadores, indigentes do
social e exploradores do natural.
O bom selvagem, por estas bandas, é mito que não se atualizou. Ser índio no sul é,
na versão hardcore do senso comum, ser vagabundo; é contar com a tutela generosa da
FUNAI; é poder dispor de terras e os recursos naturais à vontade. Em sua versão light, o
senso comum, vê os índios como excluídos genéricos; credores de uma dívida histórica
que, como outras tantas, jamais será paga. E a natureza? Bom, ela também é vista com os
olhos do senso comum. Neste caso, porém, é vista por olhos, de alguma forma, alimentados
por uma perspectiva ambientalista global, planetária.
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