Uberização e plataformização do trabalho no Brasil: conceitos, processos e formas
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Autor(es): Ludmila Costhek Abílio
Henrique Amorim
Rafael Grohmann
O artigo busca construir perspectivas analíticas sobre uberização e plataformização
do trabalho no Brasil desde a periferia, em busca de enfrentar persistentes
obscurecimentos em torno do processo de informalização. A tese que nos orienta
é de que elementos que estruturam a periferia parecem se generalizar e tecer as
tendências contemporâneas da exploração capitalista do trabalho. Entendemos a
uberização como um novo tipo de gestão e controle da força de trabalho com a
consolidação do trabalho sob demanda, e a plataformização como dependência de
plataformas digitais para executar atividades de trabalho. A primeira parte critica a
importação de categorias de análise e analisa a dificuldade de estabilização conceitual
quando a informalidade é regra. A segunda analisa os modos de vida periféricos para
compreender um novo tipo de subordinação racionalizada, o autogerenciamento
subordinado. Por fim, a última parte do artigo visa a qualificar como antigas formas de
organização da produção são repostas e reconfiguradas, juntando-se à constituição
de novas práticas produtivas que, em conjunto, radicalizam as bases estruturais
da exploração e da dominação das classes trabalhadoras pelas classes capitalistas.
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