VIAGENS TRANSLÍNGUES NAS POÉTICAS DE SOUSÂNDRADE, HAROLDO DE CAMPOS, DOUGLAS DIEGUES E JOSELY VIANNA BAPTISTA
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Autor(es): Antonio Andrade
Neste artigo, a partir do enfoque sobre o tema da viagem, presente em importantes textos poéticos marcados pelo translinguismo, pertencentes a distintos momentos da literatura brasileira, discuto a função estético-crítica dos atravessamentos entre diferentes línguas e estratégias de composição imagética no processo de questionamento e desconstrução de discursos identitários hegemônicos. Minha análise perpassa
comparativamente as obras: O Guesa, de Sousândrade, escritor do século XIX, silenciado durante várias décadas, cujo texto configura a ideia de peregrinação transamericana; Galáxias, de Haroldo de Campos, autor que, além de ter contribuído para a recuperação de Sousândrade no cânone literário através da ótica concretista, alia neste livro a ideia de viagem à experimentação formal e ao hibridismo linguístico;
El astronauta paraguayo, de Douglas Diegues, poeta que investe, de maneira radical e paródica, na desarticulação das fronteiras nacionais e idiomáticas entre Brasil e Paraguai; e Nada está fora do lugar, de Josely Vianna Baptista, autora que aciona os procedimentos de montagem e tradução em múltiplas línguas, em videopoema calcado na questão do nomadismo guarani.
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