Vida acadêmica e depressão: um olhar psicológico para os fatores de risco
Licencia: Creative Commons (by-nc-nd)
Autor(es): Rocha, Suély Moiale da Rosa
A depressão tem atingido cada vez mais os estudantes de Ensino Superior, além das altas taxas de suicídio que acometem estes grupos. Os sintomas depressivos podem surgir de forma sutil na vida de muitos estudantes, através de diferentes fatores. O objetivo exploratório desta pesquisa foi comparar os fatores que contribuem para a ocorrência de sinais depressivos em estudantes da área de Exatas e em estudantes da área de Humanas. O desenho deste estudo foi quantitativo, através de levantamento (survey), com corte transversal, onde foram analisados os dados de 833 estudantes de Ensino Superior de todo o Brasil. Os participantes da pesquisa foram homens e mulheres, estudantes de graduação, mestrado e doutorado, maiores de 18 anos, residentes em qualquer estado do Brasil, matriculados em instituições de ensino públicas, privadas e comunitárias, cursando qualquer fase de um dos cursos das áreas de Humanas e Exatas. A coleta de dados foi realizada através de um questionário online e anônimo por meio da plataforma Online Pesquisa. A análise dos dados foi realizada através de um cálculo de média geral, bem como média para o grupo de Humanas e o grupo de Exatas, a fim de verificar a Frequência de Ocorrência das respostas. Além disso, foram realizados também testes estatísticos: Teste t de Student e de Mann-Whitney para comparar as médias entre os grupos de estudantes de Humanas e de Exatas. Para isto, foram criados dois grandes eixos de análise: Incômodos e desconfortos durante a formação acadêmica e Sintomas de depressão sentidos pelos estudantes, os quais contaram com algumas categorias de análise, criadas a partir do questionário. Os dados indicaram que os incômodos, desconfortos e sintomas depressivos sentidos durante a vida acadêmica são um pouco diferentes entre estudantes de Humanas e de Exatas. A pesquisa apontou que fatores como “carga de leituras”, “carga de provas”, “insônia ou muito sono”, alteração do apetite e dificuldade para encontrar emprego/estágio, são sentidos de forma diferente entre os estudantes de Humanas e Exatas. Além disso, a pesquisa concluiu que há um índice alto de sintomas depressivos entre os acadêmicos das áreas de Exatas e de Humanas.
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